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sábado, 17 de junho de 2017

EXISTENCIALISMO CRISTÃO

Existencialismo Cristão            
Walmir dos Santos Monteiro (USS)
 Martha de Souza e Silva Santos (USS)
Natalia Domes Gonçalves (USS) 

Apesar de ser tratado muitas vezes na literatura como uma filosofia materialista, bastante pessimista e atéia, o existencialismo possui teóricos que formam uma corrente existencialista cristã, como Kierkegaard, Unamuno, Tillich e Marcel, entre outros. É importante conhecer e divulgar o existencialismo cristão. Soren Kierkegaard (1813-1855) argumentou que o maior paradoxo do universo é a união transcendente entre Deus e o homem, que supera todas as normas morais e sociais. As escolhas independentes que uma pessoa faz constitui a sua existência. Cada pessoa sofre a angústia da indecisão até que dê um "salto de fé", e comprometa-se com uma escolha particular, que é confrontada com a responsabilidade de saber sua própria vontade, e com o fato de que devemos assumir nossas próprias escolhas para que vivamos autenticamente. A obra de Miguel de Unamuno (1884-1936) revela a influência da teologia protestante e a preocupação com os problemas do indivíduo enquanto ser limitado. Reflete que as limitações provocam a frustração do eu em sua ânsia de ser tudo sem deixar de ser ele mesmo. Para Paul Tillich (1886-1965) a Teologia é existencial (existência real), pois indaga o sentido do ser e seu fundamento supremo: indaga sobre Deus. Existir implica a “coragem de ser”, na qual o homem se afirma, a despeito de todo impedimento e reconhece que impedimentos fazem parte do ser, mas o ato de coragem, que é mais essencial, prevalece sobre o que é menos essencial. A coragem de ser nos impulsiona para além dos obstáculos que a existência nos coloca.  E é assim que enfrentamos o vazio, o nada, o não-ser. Em Karl Jaspers (1883-1969) compreendemos que Deus está “além do domínio da ciência e do domínio da existência”, manifestando-se a nós principalmente através das “situações-limites” que nos levam a encontrar soluções além dos limites existenciais. Há situações onde nossa finitude nos impede de “andar” e começamos a trilhar em um terreno transcendente, além da existência. Para tocá-lo precisamos de fé, pois somente assim conseguimos sair do mundano, da existência limitada. Gabriel Marcel (1889-1973) toma situações concretas como as relações entre mim e outro, a representação de uma cena passada ou de uma cena à distancia, a esperança, fazendo uma análise fenomenológica aprofundada. Considerou o Ter não como exterior ao Ser, mas como constituinte de uma maneira de existir. Assim, a sublimação do Ter em Ser é possível modificando-se a maneira de existir. A tese fundamental do pensamento de Marcel consiste na ideia de que existir é ter em conta o mistério, o transcendente.

Palavras-chave:

existencialismo cristão; filosofia existencial, cristianismo. 

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